Na Idade Média, o grotesco encontra-se sempre associado à figura da
morte.
Há um amor pictural pelo grotesco (entranhas, esqueletos, vermes) de que
Bosch é a expressão mais viva.
Também na época do Renascimento, no chamado primitivo flamengo, Brueghel, deu
expressão ao grotesco. Aqui, a vida e a morte encontram-se assim
confortavelmente associadas, sem qualquer antagonismo, a representação da
morte des-ritualiza-se, coteja a vida.
Na literatura portuguesa contemporânea, o grotesco vem pela via
do romantismo e de um certo tipo de realismo, com Agustina Bessa-Luís, por exemplo.
Os grotescos definem-se, de forma genérica, pela bestialidade, pela
desmesura, pela inocência.
Conceição Parreira
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