segunda-feira, 31 de maio de 2021

LUÍS BORRECHO


 

ADELAIDE MORGADO


 

JOSÉ FRANCISCO DOS SANTOS


 

LUÍS AZEVEDO


 

JOÃO GAMEIRO LOPES


 

FESTA DA FLOR


 Montijo - Portugal

MAAT


 Lisboa - Portugal

ESCULTURA 1 - DETALHE


 Lisboa - Portugal

Fonte Luminosa

ABSTRATO


 

Montijo - Portugal

Este é o esboço de uma pintura numa fachada lateral num prédio situado na Av. D João seg. entre a rotunda da Força Aérea e a Praça D. Sebastião

ESPELHO DE ÁGUA


Oliveira de Frades - Portugal

DOMINGO NO PARQUE


 Lisboa - Portugal

 Fundação Calouste Gulbenkia

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Era estranho, esquelético, com uns tiques que incomodavam.

Levantava o olho direito franzindo o canto da boca, fungava como um cheirador de rapé, e olhava as pessoas de través.

Diziam, os mais antigos, que foi um rapaz normal vítima de uma assombração, não obedeceu as regras do além e foi castigado por forças ocultas, mas isso era o que se dizia, um pouco, a medo. As pessoas tinham receio de falar em coisas que iam para além da sua própria imaginação, factos em que as forças do além se sobrepunham ao conhecimento das pessoas.

 Dona Inácia, na sabedoria dos seus 90 anos, contava que tudo tinha a ver com umas marcações de terras, parece que avô do Libório tinha desviado uns marcos e, de forma indevida, tomou para si terras que não lhe pertenciam, quando chegou a hora de se apresentar ao criador foi recambiado para desfazer o mal que tinha feito.

Uma tarde, continua dona Inácia, estava o pobre Libório agarrado à rabiça do arado, quando avô, qual alma penada, se lhe apresentou aparecido do nada, com voz cavernosa lhe ordenou a troca dos marcos.

 Obedeceu no medo que o tolhia e fez tudo o que lhe mandou sentindo um tremor que o inibia. Acabada a tarefa o avô, naquela voz do além, ordenou que enquanto ia desaparecendo não devia olhar para trás para nunca se arrepender. Mas o terror era tanto que o pobre rapaz apenas olhou de soslaio, o que enxergou ninguém sabe, apenas ficou como agora se vê, alheio, como se estivesse sem estar.

Anda pela aldeia por entre as gentes como se não fizesse parte delas, vagueia pelas ruas nos seus tiques, passando indiferente à caçoada dos rapazes, olha algo que, possivelmente, apenas ele vê.

****

Agosto quente, ainda agora se tinha levantado a manhã e já as pessoas andam num desconforto de roupas coladas ao corpo, com uma vontade enorme de se encostarem no agradável trabalho de não fazer nada.

Mas é apenas vontade, pois o dever chama e há muito que labutar.

Todos têm que dar a sua ajuda, no sábado começam as festas em honra da padroeira e, os filhos da terra, começam a alegrar as ruas, com as falsas pronúncias de um francês com sotaque transmontano.

Chegam em carros que regalam a vista e dão aquele ar de prosperidade, que por vezes, não passa de um faz de conta, num carro alugado para esconder as dificuldades que sentem no dia-a-dia.

Nas tabernas as malgas do verde, matam a secura que o calor deixa na garganta e, com alegre verborreia, entoam de forma ensurdecedora.
No largo da Igreja, o som dos martelos ultimavam o palanque onde iriam desfilar todas as atracões, guardadas, para dar brilho às festividades.
Sábado, logo pela manhã, o troar dos foguetes anunciavam aos quatro cantos da aldeia, o início de uma semana de folguedo, musica, bailes, cantares, largada de vacas e, a culminar, a procissão que iria dar o toque religioso para os pagadores das promessas pelas graças recebidas.

Á tarde o largo regurgitava, não havia espaço para mais ninguém, Libório parecia alheio, mas tinha garantido um lugar na fila da frente. O olhar distante parecia procurar algo que estava para além da imaginação, não soltava uma palavra, não mostrava qualquer afeto, estava ali como se não estivesse.

O mestre da banda, com a batuta, deu umas pancadas na estante da pauta, os músicos alinharam os instrumentos de forma, quase, cerimoniosa. O mestre do alto do seu poiso, olhou os seus músicos e sentiu o nervosismo dos mais novos, com um leve sorriso deixou a mensagem, era hora de começar.

Primeiro os violinos naquele melodioso lamento, depois os metais encheram a praça de magia, os acordes tomaram conta dos sentidos e a emoção encheu os ares, apoderou-se de todos e conseguiu, com o fascínio da música, passar despercebida as limitações destes amadores.

Quando a banda silenciou algumas lágrimas bailavam nalguns olhos mas o milagre deu-se depois.

Libório que há cinco longos anos não botava uma palavra, que passava os dias num alheamento total, num quase autismo, saltou de repente, bateu as palmas, olhou o mestre e gritou:

- Mais uma vez, toquem mais uma vez!

****

Hoje, os mais céticos, dizem que foi a magia da música.

Os outros, dizem que foi um milagre da santa padroeira

 

Maio 2021

Manuel Penteado


 

INGRID ELEONORE LUCK




 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

22222


Mais de 22222

Foram ultrapassadas hoje, 

dia 26 de maio

 22222 visitas ao Blog.

A ti, que de alguma forma, contribuíste para que este número fosse atingido 

em tão pouco tempo,

Muito Obrigada

PONTE DE LIMA

Vídeo de João Gameiro Lopes,
 realizado no passeio da
 Universidade Sénior do Montijo a Ponte de Lima
CLICAR NA IMAGEM ABAIXO PARA VER O VÍDEO
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DOMINGO NO PARQUE, Fundação Calouste Gulbenkian…

Vemos até à Fundação Calouste Gulbenkian. 
Clicar na imagem abaixo para ver o vídeo de Liliana Borges
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Sempre aprendendo


JOSÉ MANUEL PEDROSO DA SILVA


 

JOSÉ MANUEL PEDROSO DA SILVA


 

JOSÉ MANUEL PEDROSO DA SILVA


 

JOSÉ MANUEL PEDROSO DA SILVA


 

JOSÉ MANUEL PEDROSO DA SILVA


 

JOSÉ MANUEL PEDROSO DA SILVA


 

CAVALO


 

terça-feira, 25 de maio de 2021

CARLA ANTUNES


 

CARLA ANTUNES


 

MARIA HELENA SOARES SANTOS


 

LUÍS SILVA


 

É PRIMAVERA


 Montijo - Portugal

ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE


 Oslo

REGRESSO AO AEROPORTO


 Oslo 2009

NO JARDIM DAS ESCULTURAS


 Oslo

NA ESPLANADA


 Oslo

OÁSIS


 Oujda - Marrocos

segunda-feira, 24 de maio de 2021

PRONTA PARA O BAILE


 

SEVILHANA


 

OLÉ


 

POR SEVILHANAS


 

LÍDIA RAMALHO


 

VICTOR BELLO


 

VICTOR BELLO


 

JOSÉ MANUEL PEDROSO DA SILVA


 

ALDINA PIRES


 

PEDRO BELLO


Uma das minhas melhores fotos, feita pelo meu pai.

Uma das versões foi capa da revista Flama e de muitas pagelas com orações distribuídas na Igreja de São João de Deus em Lisboa.

PEDRO BELLO


 Capa da Flama 1957

PEDRO BELLO


 2006 - Em trabalho no BCP da Polonia

PEDRO BELLO

Que Bello tão belo


 

PEDRO BELLO

2013 -  China e as iguarias aladas
 

PEDRO BELLO


 Portugal - 2012  - Badoca Parque

PEDRO BELLO


 Portugal - 1999 - Campeonato Nacional KART Empresas

PEDRO BELLO

Ibiza
 

PEDRO BELLO


 Norte de Africa - 2012

MARIA JOSETTE NEVES


 Josette florida 

para animar quem visita o blog