Évora é uma cidade portuguesa a cerca de 134
km de Lisboa, conhecida como capital do Alentejo, seu centro histórico foi
declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO em 1986, o município
possui 53.568 habitantes conforme o censo de 2021.
Visitei a localidade em uma
excursão realizada pela Universidade Sénior do Montijo que foi organizada pelos
professores das disciplinas de Ginástica Alternativa e Reiki, Sr. Bernardino
Traquete; Literatura Portuguesa e Estrangeira, Sra. Conceição Parreira; Língua
e Cultura Portuguesa, Sr. Adelino Alfacinha com o privilégio da companhia de
amigos e, ainda, agraciada pela sabedoria do Sr. João Mendes, natural da terra,
quem graciosamente me guiou por suas ruas.
Começamos o passeio pelo Jardim
Público que é um belo lugar de convívio pelos eborenses, iniciado em 1863
possuindo uma área aproximadamente de três hectares com rica vegetação
colorindo o ambiente e mais um suntuoso coreto contruído em 1888 que após sua
conclusão foi realizado muitos concertos, pois a cidade foi uma das primeiras
portuguesas a ter bandas filarmônicas.
A origem da cidade diverge entre
alguns estudiosos, uma das correntes atribui sua fundação aos Eburones, antigos
povos hispânicos, a cerca de 2059 a.C., outra seria por volta de 700 anos a.C.
na altura em que as tribos germanas seguiram os Celtas e chegaram na Península
Ibérica. Qualquer que seja a teoria a região foi povoada remotamente, inclusive
encontrados artefactos desde a época neolítica.
Sua localização favoreceu
interesses militares e na altura da ocupação romana a região passou a ser
grande centro de importância econômica e cultural, recebendo o título
honorífico pelo Imperador Júlio Cezar como “Liberalitas Julia” no século I da
era Cristã, mais adiante, elevada a categoria de Município por Vespasiano. Um
dos símbolos mais significativos de sua presença no país foi o “Templo Romano
de Évora”, também, conhecido como o “Templo de Diana”.
A região, também, foi habitada
por vários povos como os visigodos, árabes, entre outros. Deixando grande
legado e rico patrimônio histórico, o difícil é conhecer todos eles. Estre os
que tive a oportunidade de visitar foi a Igreja de São Francisco, edifício do
século XV e XVI de estilo manuelino-mudéjar e renascentista, curiosamente uma
de suas capelas é composta por três naves que no seu interior são recheadas por
ossadas humanas relativas ao século XVII e na sua entrada está a frase “Nos
ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”.
O Palácio de D. Manuel, estrutura
residencial originária do complexo palaciano da família real que foi contruído
por volta de 1513 a 1516, considerado Monumento nacional desde 1910 e hoje
pertence ao Município que promove atividades socioculturais, o qual alberga o
Centro Interpretativo da Cidade de Évora.
O Palácio da Barahona que nos
reporta a década de sessenta do século XIX e atualmente é o Tribunal da
Relação. Não poderia deixar de mencionar a bela Praça do Giraldo construída
entre 1571 a 1573 que quase todos os caminhamos seguem ao encontro dela, seu
nome foi em homenagem a Geraldo Geraldes, nominado “O Sem Pavor” quem
conquistou Évora aos mouros em 1167.
Continuando a caminhada pelas
ruas com João Mendes aproveitamos para entrar no Mercado Municipal, situado na
Praça 1º de Maio. Adoro visitar mercados nas zonas que conheço, pois é o
coração do povo, onde concentra várias porções de economia, cultura, arte e
história que juntos harmonicamente descrevem e dimensionam de forma fidedigna a
localidade.
Quanto a culinária tivemos a
oportunidade de apreciar vários sabores da região, pois almoçamos na “Graciete
Buffet Alentejano”, o restaurante possui grande variedade de pratos regionais,
como também, a cozinha internacional. É impossível experimentar todas as
opções, lugar para voltar muitas vezes.
Começamos por deliciosas entradas:
variedade de pães, azeitonas, queijos, enchidos, pasteis e croquetes
acompanhados com vinho alentejano e como prato principal, saboreei bacalhau com
batatas salteadas, ainda, experimentei um bocadinho de todas as migas, iguaria
tradicional a base de pão. Simplesmente tudo é dos Deuses…
Como falam os portugueses: “Um
Dia Muito Bem Passado…”
Liliana Borges
2021-12-6
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