quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

ENTREVISTA – PROFESSOR DE HERÁLDICA E CALENDÁRIOS

 

ENTREVISTA AO PROFESSOR DE

HERÁLDICA E

 CALENDÁRIOS (*)



José Manuel Pedroso da Silva, professor de Heráldica e Calendários nas Academias Sénior de Pegões e Canha e Atalaia e Alto Estanqueiro Jardia e voluntário dos Projetos de Envelhecimento Ativo desde 2011. Deu-se a conhecer ao Notícias – Junto de Si, não escondendo a sua paixão pelo mundo e a forma intensa com que tenta viver.


Bom dia, Professor! Ficamos muito agradecidos por ter aceite este convite.


AM: Para que os nossos leitores o possam conhecer um pouco melhor, quem é José Manuel Pedroso da Silva, onde nasceu e quais as suas origens?

JMPS: Sou um cidadão português, casado, com uma filha e dois netos, natural de Lisboa, com 74 anos de idade. Sinto-me apaixonado pelo mundo circundante que procuro conhecer e interpretar. Tento viver com intensidade e em harmonia com a Natureza, submetendo-me às suas leis.

AM: E hoje em dia, onde é que vive? E gosta da cidade?

JMPS: Vivo no Montijo. Anteriormente morava em Lisboa e sempre resisti a mudar-me. Sujeitar-me a uma saída seria entrar naquele perturbante movimento pendular que milhares de pessoas têm de fazer diariamente por exigências profissionais e onde perdem horas e horas nos transportes. É uma loucura! Com uma vida mais sossegada, pois a reforma estava prestes a bater-me à porta, equacionei a hipótese de me afastar da confusão desde que no lugar que escolhesse tivesse uma vida preenchida. Fazer desse novo lugar um mero “dormitório”, não! Felizmente, aqui no Montijo, onde vivo há 16 anos encontrei um variado leque de atividades que me preenchem o tempo e onde posso ser útil. No início integrei como tenor o grupo coral da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense mas hoje dedico-me quase exclusivamente ao ensino. Gosto de aqui viver. A cidade tem vindo a crescer harmoniosamente sem aqueles monstruosos mamarrachos arquitetónicos que caraterizam outras zonas periféricas de Lisboa. A vida aqui é calma, as pessoas vão-se conhecendo umas às outras e na generalidade são afáveis. Sinto-me como um peixe na água.

AM: O que fazia profissionalmente? Essa era a profissão que sempre quis ter?

JMPS: Sou militar desde os 19 anos, hoje na situação de reforma. Quando fui incorporado, como segundo-sargento, não pensava seguir a carreira das armas. Assinei um contrato por três anos. Pensei, no fim desse tempo, deixar as fileiras e dedicar-me à ótica, pois era essa a minha especialidade de origem. Ficar por cá ligado ao fabrico de lentes, indústria que estava em franco desenvolvimento era uma hipótese; a outra era ir para a Alemanha frequentar um curso de engenharia ótica coisa que cá não havia (nem há). Entretanto, devido à Guerra do Ultramar, a legislação mudou e os contratos passaram a ser renovados automaticamente. A possibilidade de passar à disponibilidade era então muito remota, mesmo tendo já duas comissões de serviço em Moçambique. Deixe-me abrir um parêntesis para dizer que guardo gratas recordações deste antigo território ultramarino, hoje país independente: foi lá que nasceu a minha filha; foi lá que fiz o meu curso de pilotagem; foi lá que tive contactos com outros povos, com outras maneiras de pensar, o que é sempre enriquecedor. Em 1977 abriram-se-me novas perspetivas ao ser nomeado para frequentar o curso de promoção a oficial no Instituto Superior Militar. Hoje posso dizer que me sinto realizado porque grande parte desse tempo foi ocupado a dar aulas ou como responsável, durante os últimos 18 anos de carreira, pelo Gabinete de Heráldica do Exército. É uma felicidade, de que nem todos se podem gabar, poder conciliar aquilo de que se gosta com a atividade profissional. Atingi o posto de tenente-coronel.

AM: Como e porque é que foi para o exército?

JMPS: Era esse o destino de todos os alunos que terminassem os cursos técnicos no Instituto dos Pupilos do Exército.

AM: De que forma é que as suas origens têm influência por este caminho profissional?

JMPS: Não afirmo nem nego que tenha havido essa influência se bem que indiretamente. Francamente não sei, mas posso acrescentar que tenho imenso orgulho num Pai, sargento-ajudante meteorologista na Base Aérea n.º 2 (Ota) e num Avô, sargento, mestre da charanga (fanfarra a cavalo) do Regimento de Cavalaria n.º 3 (Estremoz).

AM: Quando e como é que surge o interesse pelo estudo dos moluscos e suas conchas?

JMPS: Nos finais de 1972, quando me preparava para “fazer as malas” para uma segunda comissão em Nampula, Moçambique, um familiar meu que já lá tinha estado disse-me que no litoral ali perto havia excelentes praias de águas quentes e límpidas com uma fabulosa diversidade de vida marinha. Mostrou-me a prodigiosa coleção de conchas marinhas que lá tinha reunido. Eu não imaginava que pudesse haver uma variedade tão grande de exuberantes formas, cores e texturas. Indicou-me também o nome de um estudioso destas matérias, de nacionalidade alemã, que vivia na Praia das Chocas, a 180 Km de Nampula, há uns bons 30 anos – Kurt Joachim Grosch. Estava lançado o rastilho para uma nova paixão. Agora era só aguardar o embarque, chegar a Moçambique e esperar o primeiro fim de semana livre para ir falar com o Senhor Grosch que muito me ajudou na classificação dos exemplares que ia recolhendo. A “loucura” continuou mesmo depois de regressar de Moçambique ao estender a minha coleção a exemplares das nossas águas e também a caracóis terrestres. 2174 foi o número de espécimes registados numa exposição que organizei em 1988.

AM: E quando surge o interesse pela Língua e Cultura Chinesas?

JMPS: Essa também é uma paixão bem antiga. Há mais de 50 anos (meu Deus, como o tempo passa) um livro de David Diringer – A Escrita – deu o “pontapé de saída”. Deixei-me então seduzir pela escrita chinesa sobretudo por ser das pouquíssimas línguas – a par do Japonês e do Coreano – que usa uma escrita de base pictográfica ou, pelo menos ideográfica, ou seja cada signo (sinograma), representa um objeto (pessoa, boca, cavalo, sol, lua) ou, nos casos mais abstratos, uma ideia (ter, querer, descansar, ensinar). Esta escrita é extremamente elegante e cada sinograma usa um determinado número de traços inscritos harmoniosamente num quadrado imaginário. Por isso há quem chame à escrita chinesa, escrita quadrada. O simbolismo e a filosofia a ele associada também é surpreendente: duplicando o sinograma representativo de “árvore” temos “bosque” e triplicando-o, “floresta; um “homem” encostado a uma “árvore” é “descansar”, uma “mulher” debaixo do “teto” é “paz”; uma “mulher” com o “filho” ao colo é “bom”; a “força” num “campo cultivado” é “masculina”; um “pé de cereal” cortado com uma “faca” é “lucro”; um “velho” a “bater” numa “criança” é “ensinar” (estranha pedagogia, não acha?).

AM: Quando e como é que surge o interesse por Heráldica?

JMPS: Nos finais dos anos oitenta, o comandante da Escola Militar de Eletromecânica em Paço de Arcos encarregou-me de propor a atualização das flâmulas (bandeiras) previstas em diploma legislativo de março de 1987. Ao iniciar esse estudo pude verificar que as questões ligadas a estas matérias remontavam à Idade Média onde, nos campos de batalha se impuseram pela sua legibilidade e colorido. É um longo percurso por oito séculos de História onde o simbolismo e o vigor se impuseram como a linguagem iconográfica mais pujante para as referências culturais do Ocidente. O fascínio pela Heráldica era, pois, inevitável. Posso dizer que entrei na Heráldica pela mesma “porta” por onde, anos antes, tinha entrado no mundo das conchas: a da atração estética.

AM: Como é que o Prof. Pedroso, ingressou no voluntariado e nos Projetos de Envelhecimento Ativo?

JMPS: Ainda hoje há quem pense que depois de uma vida ativa cheia, recebe-se um passaporte para a reforma, ou seja… para um banco de jardim...

            Discordo frontalmente deste raciocínio redutor.

         Em dezembro de 2010, cessara a minha carreira militar de 43 anos ao serviço do Exército. Mal o ano de 2011 tinha começado, numa fria sexta-feira de janeiro, impelido pela curiosidade e pelo adágio popular “ano novo, vida nova”, fui até à Quinta do Saldanha, onde funcionava (e funciona) a Universidade Sénior do Montijo.

       Pedi à docente, Dr.ª Vânia Cristina, para assistir à aula de Chinês. A sua pedagogia e conhecimentos estimularam-me a que assistisse também às aulas seguintes.

     Pouco tempo depois, convidou-me para, numa das aulas, fazer uma apresentação sobre caligrafia, pintura e sigilografia chinesas. Acedi, de imediato e lá fui acompanhado das minhas pedras de carimbos, embalagens de tinta-da-china, pinturas sobre papel de arroz, pincéis e outros materiais adequados.

          Já em pleno verão, a Dr.ª Isabel Moisés disse-me que a Prof.ª Vânia, devido aos afazeres profissionais não poderia continuar a assegurar futuramente as aulas de Chinês e por isso gostaria de me convidar para a substituir.

       Declinei imediatamente o simpático convite. Os meus conhecimentos da língua chinesa não me permitiam lecionar a disciplina. Tenho perfeita consciência dessa realidade. Uma coisa é assegurar duas ou três aulas sobre diversos aspetos da cultura chinesa; outra é garantir as cerca de 25 aulas de um ano letivo com conteúdos sólidos e coerentes. Dessa conversa, todavia, nasceu uma contraproposta minha: a de se criar uma nova disciplina, a Heráldica (estudo dos brasões). Eu sei que a Heráldica admite um certo preconceito e mesmo aproveitamento da sua plasticidade. É certo que serviu de instrumento de afirmação e de privilégio a certos estratos sociais cujos antepassados foram todos “muito importantes”. Contudo, para mim a Heráldica é muito mais: um sistema codificado de identificação que cumpriu com brilho, cor e grande legibilidade, essa sua função nas batalhas e torneios medievais.

      Prometi que iríamos descodificar esta Emblemática de caraterísticas tão peculiares num estudo essencialmente prático, com muitos exemplos, cheios de vivacidade.

           E assim, a 11 de novembro de 2011 (data muito fácil de fixar: 11-11-11) dava a primeira aula na Universidade Sénior do Montijo. Anos depois alarguei a minha participação a outras disciplinas: “Calendários & Relógios” em 2014/15; Números & Números em 2019/2020.


AM: Posteriormente, em 2020, o Prof. Pedroso foi convidado a integrar o corpo docente das Academias Seniores de Pegões Canha e de Atalaia e Alto Estanqueiro/Jardia lecionando Heráldica e Calendários. Como é que encarou esse convite?

JMPS: Com o mesmo entusiasmo com que tinha encarado, dez anos antes, a minha participação como docente na Universidade Sénior do Montijo.

AM: E o como é que tem sido o trabalho desenvolvido nas Academias?

JMPS: Muito motivador e profícuo, julgo eu, mas os alunos, melhor que ninguém, poderão pronunciar-se. Alguns têm-me perguntado se há livros sobre estas matérias pois nunca tinham ouvido falar nelas anteriormente. Infelizmente aquilo que há é muito reduzido e normalmente pulverizado por diversos artigos em revistas especializadas.


AM: O Prof. Pedroso faz voluntariado em mais locais?

JMPS: Sim, faço embora sem a carga horária que as aulas me impõem. Integro um grupo de amantes da poesia que todas as terças-feiras se reúne para divulgar este género literário. É um projeto de cidadania que nasceu há uns anos pela mão da Dr.ª Fernanda Beatriz, conhecida dinamizadora cultural montijense.





AM: Tem o apoio da sua família nesta aventura dos voluntariados?






JMPS: Tenho e estou grato por isso embora reconheça que por vezes a minha agenda sempre preenchida me “roube” algum tempo ao convívio familiar.


AM: Conte-nos como é o seu dia-a-dia? Calculo que seja muito agitado…

JMPS: Tem razão! Por vezes é muito agitado.

          O famigerado covid alterou radicalmente os nossos hábitos. Sinto saudades de uma tertúlia onde semanalmente um grupo de amigos se dirigia a um restaurante de Lisboa para, à volta de uma posta de bacalhau com grão, falar sobre os mais diversos temas sempre em ambiente de sã camaradagem. Com essa atividade suspensa, por agora normalmente ocupo os meus dias em casa a preparar aulas ou a desenhar e também a estudar gaita-de-fole, um instrumento difícil que abracei há seis anos se bem que com intermitências. Como simples curiosidade acrescento que este instrumento (a gaita-galega, uma das 600 variedades de gaitas existentes na Europa), oriundo da Galiza, chegou à nossa zona devido às festas em honra de Nossa Senhora da Atalaia.

        Também vou respondendo a questões que me vão colocando com assinalável frequência no âmbito da Heráldica e da Vexilologia (estudo das bandeiras). Vou também produzindo bibliografia diversa.

         As minhas incursões nos domínios da leitura e dos programas televisivos são muito diminutas. Vai-me faltando a paciência para ler (a não ser os manuais de que necessito para o meu dia-a-dia) e, muito mais, para assistir àqueles ocos e monótonos programas com que as televisões nos bombardeiam diariamente. Esporadicamente vou a Lisboa tomar parte em reuniões do Conselho Científico da Direção de História e Cultura Militar, de que faço parte.

         Antes de adormecer, o que acontece normalmente por volta da uma e meia da manhã, cumpro sempre o mesmo ritual: resolver um problema de sudoku.


AM: O Prof. Pedroso tem uma imagem característica… quando nos cruzamos consigo pela primeira vez ficamos com a sensação de querer saber mais, não só pela sua simpatia e gentileza, mas também pelos “adornos” que compõem a sua imagem, como a barba e as inúmeras bengalas… fale-nos sucintamente destes “adornos”.

JMPS: Muito obrigado pelos atributos com que me está a distinguir, relativamente aos quais apenas posso dizer: – Tenho dias!

        Desde muito novo pensei em vir a usar barba quando fosse adulto. Nem sequer percebia a moda, tão do século XX, dos homens escanhoarem a cara. Banir uma marca com que a Natureza nos dotou não me parece fazer muito sentido. Antigamente a barba fora um sinal de respeitabilidade e todos conhecemos aquele episódio da nossa História em que D. João de Castro empenhou as barbas para pagar o empréstimo destinado à reconstrução da fortaleza de Diu. Embora fosse proibido, sempre que pude deixei crescer os “apêndices capilares” que me ornamentam a face, independentemente de modas ou de filiações quer políticas, quer religiosas. Aqui há anos lembrei-me de rapar a cara. Olhei para o espelho e não gostei do que vi, sobretudo aquelas rugas que, escondidas pela barba, eu não conhecia.

           Passemos às bengalas, história que também se conta em poucas palavras:

          Uma das poucas coisas que o meu Avô me deixou foi uma bonita bangala de ébano com castão de prata trabalhada. Esteve, durante muitos anos, arrumada a um canto de um armário.

        Em 2009, uma cirurgia à coluna limitou-me a locomoção de um modo      drástico.

          Havia dois caminhos a seguir. Um deles era ficar em casa a carpir as minhas mágoas por já não conseguir mexer-me como anteriormente. Como não aprecio lamechices preferi seguir o outro: aceitar com resignação e otimismo o que me havia sucedido (afinal, a vida continua) e ir dizendo, meio a sério, meio a brincar, que esta ”facada nas costas” teve a virtude de ter sido dada com boa intensão e com anestesia ao contrário das outras que a vida nos vai dando e que doem muito mais.

   

AM: O seu email também é bastante caricato, “zedaota”, quer falar-nos sobre ele?

JMPS: Este endereço eletrónico – Zé da Ota – recorda-me a infância vivida na Base Aérea da Ota onde o meu Pai era militar mas, a propósito deixe-me lembrar um episódio engraçado que se passou há uns anos, quando se discutia localização do novo aeroporto. Muitas opiniões se manifestaram a favor da Ota mas, de repente, há uma decisão governamental a preferir Alcochete (no local onde se situa o Campo de Tiro). Nesse mesmo dia, um amigo, poeta repentista, dedicou-me a seguinte quadra:

Zé da Ota, estás possesso

Enfiaram-te um barrete

Muda já o endereço

Para “Zé do Alcochete”.


AM: Muitas coisas vão ficar por dizer a seu respeito… mas gostaria de lhe perguntar: para onde vai? E se ainda tem muitos sonhos por realizar e quais?

JMPS: Como dizia António Gedeão, “o sonho comanda a vida”. Todos os dias sonho, muitas vezes acordado. Há contudo, um sonho que não vou conseguir concretizar, não por falta de energia ou de entusiasmo mas por ter a vida já demasiado preenchida. Gostava de organizar e treinar uma equipa de tiro no ginásio clube cá da terra, uma vez que sou creditado como treinador pela Federação Portuguesa de Tiro.


AM: Que mensagem é que quer transmitir aos nossos alunos e para a população idosa em geral?

JMPS: Quem impõe limites à nossa capacidade somos nós próprios o que é um erro. Não nos deixemos enganar.

           A nossa capacidade como seres humanos é ilimitada.

          Vejamos alguns exemplos bem edificantes:

         Jerónimo Pamplona, aluno da Nova Atena–Universidade Sénior de Linda-a-Velha – começou a escrever com a idade de 74 anos publicando o seu primeiro livro de crónicas – Angola Noutros Tempos – em 2016. Daí para cá não parou e está neste momento a pensar lançar o seu sétimo livro.

       Não posso  deixar de referir a minha aluna  na Universidade  Sénior do Montijo, Maria Rosa Laorden Leita da Rocha, carinhosamente tratada por Dona Rosy, que aos 85 anos viu publicado um simpático trabalho de investigação do historial heráldico da sua família, oriunda de antigos fidalgos galegos. Na primeira parte desse trabalho, está condensada parte importante da matéria dada nas aulas de Heráldica.

        E que dizer de Manuel Dias Lucrécio, natural de Pegões, que aos 75 anos divulgou a sua poesia pela primeira vez – no livro Espírito Inquieto – e venceu o Concurso Literário Montijo Sénior?

        Está mais do que provado que a atividade, quer física quer intelectual, garante um “outono da vida” mais calmo e saudável. Lembrando esta realidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) chamou a esta década – 2020/2030 – a Década do Envelhecimento Saudável.

       Tentei provar, através destes exemplos, que qualquer atividade pode ser iniciada aos 60, 70, 80 anos ou até mais.

            Por isso, permito-me exortar os “jovens da minha idade”:

            Não fiquem em casa!


(*) Entrevista conduzida por Ana Morais, coordenadora da Academia Sénior de Atalaia e Alto Estanqueiro/Jardia e publicada no jornal do projeto “Junto de Si” Notícias – Junto de Si, 6.ª edição, janeiro de 2022, pp. 4 – 9.

1 comentário:

Manuel disse...

Muito interessante e bem conduzida esta entrevista. Parabéns e o agradecimento, ao professor, tudo que tem acrescentado à cultura.