quinta-feira, 24 de março de 2022

#MulheresQueFazemHistória

 


Fotografia: www.delas.pt

Escritora e ativista, Natália Correia teve um papel político muito importante no que diz respeito à luta pelos Direitos Humanos e pelos Direitos das Mulheres. O seu nome não é, infelizmente e com muita pena nossa, suficientemente referido a nível internacional, mas o seu papel enquanto feminista é grande motivo de orgulho em Portugal. Incluí-la nesta lista de 12 mulheres que estamos a partilhar neste dia com tanto significado é a nossa forma de a homenagear e de fazer com que, de uma forma ou de outra, o seu nome viaje por vários países e cidades.

Autora do Hino dos Açores e cofundadora da Frente Nacional para a Defesa da Cultura, Natália destacou-se pela sua obra, entre géneros variados - desde a poesia ao romance, entre o teatro e o ensaio – e gostava de ser chamada de poetisa pelo significado feminista que atribuía à palavra. Essa sua determinação foi o mote para se afastar do politicamente correto, mas nem sempre a sua visão e ideologia foram validadas. Natália foi condenada a três anos de prisão (com pena suspensa, pela publicação de uma obra considerada ofensiva para os costumes) e foi processada por ter tido a responsabilidade editorial das “Novas Cartas Portuguesas” (o livro das Três Marias).

Natália Correia faleceu em 1993, deixando um grande vazio na literatura portuguesa e um legado que recordaremos sempre – até porque Natália foi, no meio de tantas conquistas, uma das responsáveis pelo aparecimento do conceito de café-concerto em Portugal.


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