Belém é uma das freguesias que faz parte do Concelho de Lisboa, a cerca de 15 km de distância, localidade muito ligada a época dos descobrimentos e atualmente é uma das zonas mais turísticas do país.
Nesta região há vários lugares imperdíveis para conhecer e um deles é o Monumento dos Descobrimentos, também, chamado de Padrão dos Descobrimentos ou Monumento dos Navegantes, qualquer que seja sua denominação é simplesmente uma magnífica obra de arte ao céu aberto.
O monumento tem uma forma de caravela estilizada com 3 grandes velas e composto de uma tripulação com várias personalidades que fizeram a história dos Descobrimentos Portugueses nos séculos XV e XVI, os quais contribuíram significativamente para Portugal ser um dos maiores impérios na época.
A frente está o Infante D. Henrique, na
sua mão uma miniatura de uma caravela e ao lado seu irmão ajoelhado o Infante
D. Fernando, filhos de D. João I e D. Filipa de Lancastre, do outro lado no
nascente D. Afonso V que muito investiu nas viagens de descobertas. A
embarcação vista do Tejo temos a sensação que a está a navegar com D. Henrique
na sua proa.
O infante viveu entre 1394 a 1460, a ele
são atribuídas várias conquistas como as descobertas dos Arquipélagos da
Madeira, Açores e de Cabo Verde, como também, a passagem do Cabo Bojador pelo
navegador Gil Eanes. Era conhecido por “Cabo do Medo” com vários mitos
tenebrosos que assustavam os navegadores e, assim, marcou o início das
descobertas na costa ocidental da África.
Ademais são 33 personagens representando
à cultura, à religiosidade do período e à família real, inclusive a única
mulher que lá está é a sua mãe e por trás um de seus filhos o Infante D. Pedro
ajoelhado. Ela foi uma figura muito importante para a época dos descobrimentos,
pois muito incentivou D. Henrique para o interesse pela navegação e o
desbravamento de novos territórios.
Entre os homenageados estão navegadores,
cartógrafos, colonizadores, cronistas, artistas como: Luis da Camões segurando
um pergaminho com o excerto do Canto VII dos Lusíadas; Pedro Álvares Cabral
nosso descobridor; Vasco da Gama, navegador que descobriu o caminho marítimo
para índia; Nuno Gonçalves, pintor com uma paleta e pincel; Fernão Magalhães
segurando um anel náutico, primeiro navegador que circum-navegou a terra…
Todas as estátuas possuem 7 metros com
exceção do principal personagem na proa com 9 metros. No seu interior há vários
espaços como auditório, sala de exposições onde acontecem muitos eventos temporários.
Além de tudo isso possui um miradouro na sua cobertura com uma suntuosa vista
para o Rio Tejo, Almada, Cristo Rei, Ponte 25 de Abril, a Torre de Belém,
Mosteiro dos Jerónimos; a Rosa dos Ventos, entre inúmeras belezas a sua volta.
A Rosa dos Ventos possui 50 metros de
diâmetro e foi oferecida pela África do Sul em 1960 nas comemorações dos 500
anos da morte do Infante D. Henrique, autoria do arquiteto português Luis
Cristino da Silva, a qual foi feita em cantaria de mármore de lióz, negro e vermelho,
representando os quatros pontos cardeais e seus intermediários demonstrando
como os portugueses percorreram o mundo com a noção de distância entre várias
zonas da terra.
Uma das curiosidades é que o atual
monumento não é a versão original construída em 1940 para a Exposição do Mundo
Português, o qual foi feito com alguns materiais perecíveis como gesso, estopa
e madeira de autoria do arquiteto Cottinelli Telmo e do escultor Leopoldo de
Almeida. Posteriormente, em 1960 foi substituído para as comemorações dos
500 anos da morte do Infante D. Henrique e o material utilizado foi betão
revestido em cantaria de pedra calcária rosal de Leiria e as esculturas em
cantaria de calcário de Sintra.
Belém está bem situada na grande Lisboa
com fácil acesso, possuindo muitas opções como uma das boas alternativas é ir à
Estação do Cais do Sodré no centro histórico, apanhar o comboio que faz a linha
“Lisboa a Cascais” e dar uma paradinha por lá, como também, podemos visitar a
região passeando em um “Tuk Tuk” que particularmente aprecio muitíssimo.
Lugar Belíssimo que além da
grandiosidade de seu patrimônio histórico e cultural, a beleza da natureza
enriquece todo o ambiente…
Janeiro 2021
Liliana Borges
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