Apareceu, assim, quase do nada.
Tinha um ar de alegria estampado no rosto, olhos brilhando de
felicidade e um sorriso tão luminoso que nos transmitia uma sensação de
conforto e tranquilidade.
Quando a orquestra deu os primeiros
acordes da valsa da Meia-Noite, olhou-me com ternura, pegou-me na mão e, quase
por magia, rodopiamos ao som da música que enchia a sala.
Fomos apenas um, num compasso de
fascinação, pés em sincronismo perfeito, deslizantes ao som que os embalava. O
tempo parou, por magia, enquanto os nossos dois corpos irmanados, no andamento,
compassavam nos batimentos que o ritmo inspirava.
À volta um publico silencioso
acompanhava, quase, em enlevo o momento.
A música parou, só ficou o feitiço no
tempo.
Largou os meus braços, iluminou-me com a
loucura do sorriso, deixou-me um beijo na face e, antes de partir, disse-me:
- Manuel não quebres a corrente, os teus
amigos querem-te aqui.
Eu percebi a mensagem.
Estou de volta.
Obrigado.
Março 2021
Manuel Penteado
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