sexta-feira, 30 de abril de 2021

UMA VIDA


 

Saltei dos bancos da escola
Para a dureza da vida,
Deixei de lado a sacola,
Ficou a infância esquecida;

Fui poeta, fui cantor
Quanto amei e fui amado!
Fui camponês, lavrador.
Fui herói e fui soldado,

Andei por terras da além,
Sem saber que procurar.
Não encontrava ninguém
Ninguém me queria encontrar;

Por muitos fui esquecido
Nesta luta sem ter fim
Não perdi, nem fui vencido
Nesta existência ruim.

Só tenho o que me sobrou
Da caminhada esquecida,
O pão que o diabo amassou
É o que me resta na vida.

Tantas mulheres que eu amei
Muitas raças muitas cores,
Mas nunca as esquecerei
Diferentes nos seus amores.

Lutei, andei para frente
Nunca me deixei vencer,
Pois sempre tive na mente
Antes quebrar que torcer.

Mas um dia que já passou,
Finalmente fui vencido
Foi tudo, nada ficou
E agora ando perdido.

Perdido para todo o sempre
Por tudo o que me levou,
Ando esquecido entre a gente,
De mim, nada mais restou.

Eu era um crente total,
Até muitas vezes rezava,
Agora por bem ou para o mal
Já não creio em mais nada.

Junho 2020

Manuel Penteado

 



 



515


 

A JANELA DOS NOBEL


Desde 1901, o  hotel onde ficam hospedados os laureados com o prémio Nobel.

VISTA PARA LISBOA


Farol do Bugio

ESTA JANELA NÃO ABRE


 

ACORDADOS NO VOO NOTURNO


 

JANELA DOS MAUS


 
Prisão de Alcatraz
Penso que Al Capone não devia rir assim quando era visitado.

BAIRRO ALTO, Boémio…


O Bairro Alto é um dos bairros históricos de Lisboa e esta situado vizinho ao Chiado, este último é considerado um bairro aristocrático e o Alto foi um bairro operário que D. Manoel I mandou construir para residência dos trabalhadores ligados a sua corte, como os profissionais dos estaleiros navais, arte, entre outros. A exemplo dos douradores valorizadíssimos na época, eles faziam talhas douradas com a cobertura em ouro.

 Este bairro foi o primeiro de Lisboa submetido ao planejamento urbanístico e bem mais adiante muitos jovens começaram a viver na região, assim caracterizou como um o bairro de coração jovem, muito embora que se faz presente todas as faixas etárias. Ademais é considerado um bairro alternativo com a arte a flor da pele e suas lojas de tendência.

Atualmente é muito frequentado pelos lisboetas, além de outros portugueses, imigrantes e turistas que usufruem da vida noturna nos bares, cafeterias, discotecas, e restaurantes, os quais são badaladíssimos. Quando iniciou este último desconfinamento teve um grande fluxo de jovens por lá e foi necessário mais algumas medidas restritivas.

Caminhando por suas ruas que tive a honra da companhia do meu amigo João Correia, conhecido como João do Tuk, quem me apresenta Lisboa com seus vastos conhecimentos, tive a oportunidade de vislumbrar vários patrimônios com suas histórias, além de algumas curiosidades. A exemplo do belo Miradouro D. Pedro de Alcântara, os reis da quarta dinastia tinham inúmeros nomes e sobrenomes, mas D. Pedro I do Brasil fazia referência a ele próprio somente Pedro de Alcântara.

Neste Miradouro podemos visualizar o Mosteiro de São Vicente de Fora, o Convento da Graça, Miradouro da Senhora do Monte, pois estamos no lado oposto e, ainda, o Castelo de São Jorge, a Sé Catedral, a Estação do Rocio do séc. XIX, os arvoredos da Avenida da Liberdade…

Há muitos cantos e recantos tradicionais nesta localidade, como a Rua da Rosa que é uma das mais conhecidas, pois atravessa de uma ponta a outra do bairro, como também, existem vários arcos que cruzam um lado a outro de uma rua ligando residências de um mesmo proprietário.

A Rua do Abarracamento de Peniche passou ter esta denominação na altura do terremoto de 1755. O Marques de Pombal emitiu várias ordens para manter a segurança na cidade, determinou que o Regimento de Peniche viesse para Lisboa e eles se instalaram naquela área em barracas, formando um acampamento. E mais, mandou construir na zona do Convento do Carmo forcas mais altas do que o costume na época para que a população pudesse ver a distância o que acontecia com as pessoas desordeiras.

O Convento dos Cardais é situado nas proximidades entre o antigo Abarracamento de Peniche e a rua que residia o Marques, deve ser um dos motivos que esta edificação não tenha sido saqueada na época do terremoto. Em outros períodos durante invasões ocorridas em Lisboa também não foi depredado, conservando sua decoração original. 

O Tribunal Constitucional também está situado na região, chama-se Palácio Ratton que deve o nome ao seu primeiro proprietário, Diogo Ratton (1765-1822), este foi um dos mais destacados membros do grupo de industriais e grandes comerciantes fomentado por Pombal. Este Tribunal é o único do sistema judicial português que suas decisões são definitivas e inapeláveis.

A Igreja de São Roque é um dos mais belos patrimônios da região e uma de suas Capelas é a de São João Batista que foi considerada entre as mais ricas da Europa. Esta foi encomendada por D. João V em 1742 aos arquitetos Luigi Vancitelti e Nicola Salvi, executada por uma equipe de artistas italianos, construíram em Roma e posteriormente foi transportada para Lisboa em peças por três barcos, caso afundasse algum não perderia tudo.

Curiosamente São Roque é um santo francês que foi viver na Itália na região de Bergamo, onde havia frequentemente epidemias, ele tratava as pessoas afetadas e assim, contraiu a doença. Então ele acreditava que a melhor maneira era se isolar para não contaminar outros e foi viver na floresta até ficar curado. A ideia de que as pessoas se afastam em tempos de pandemia foi de São Roque e como Lisboa frequentemente havia pestes construíram uma igreja em sua homenagem. 

Mais um fato interessante, a Cervejaria da Trindade representa o local onde era o Convento da Trindade, este era símbolo do poderio religioso na época juntamente com o Convento do Carmo. Para além do poder do rei as grandes instituições de Lisboa eram os dois conventos, entretanto no terremoto de 1755 ambos foram ao chão e, naquela época quando alguém queria dar dimensão do desastre dizia: “caiu o Carmo e a Trindade” e até hoje os portugueses usam esta expressão.

Ruas, ruelas, travessas surpreendentes e encantadoras…

Abril 2021

Liliana Borges

 

ESTORIL


DADOS TÉCNICOS:
Local: Estoril ao pôr do Sol
Dispositivo: SM-A750FN
Abertura do diafragma: f/1,7
Velocidade de disparo: 1/2000 segundos
Sensibilidade à luz (ISO): 40

JANELA NO INTERIOR DO FAROL


Rio Tejo - Farol do Bugio

INDIANÁPOLIS MOTOR SPEEDWAY


Foto com todos os carros vencedores das 500 milhas Indianápolis e pormenor da taça, com o busto de todos os vencedores e a velocidade média com que venceram

ARTE XÁVEGA - PRAIA DE MIRA

Clicar na imagem abaixo para ver o vídeo de João Gameiro Lopes


 

TRABALHO E ARTE - O CALCETEIRO


Ajoelhados na calçada e armados com um martelo, os "calceteiros" foram os encarregados de construir pedra a pedra o caminho de Portugal desde meados do século XIX sob o anonimato de um ofício que está considerado uma arte.

Embora vê-los trabalhar já não chame a atenção dos portugueses, é habitual encontrar turistas e estrangeiros a observar curiosos como estes operários colocam uma a uma cada pedra da calçada como se de um quebra-cabeças se tratasse.

A calçada lusa está formada por pedras de forma irregular de calcário, geralmente de cor branca com detalhes em negro, e é uma das indiscutíveis marcas das paisagens urbanas de Portugal.

CALCETEIRO - 2


 

CALCETEIRO - 1


 

TRABALHO E ARTE DE CALCETEIRO - 3


 

TRABALHO E ARTE DE CALCETEIRO - 2


 

TRABALHO E ARTE DE CALCETEIRO - 1


 

ADORMECER NA CIDADE LUZ


 

UMA DAS JANELAS MAIS FAMOSAS DO MUNDO


 Vaticano - Roma - Itália

COM A LUZ DOS OLHOS TEUS


Virou-se para o Sol, cerrou os olhos, e deixou-se embebedar nos raios que, teimosamente, lhe aqueciam a retina.

Não sabia descrever a sensação, era algo que o inebriava, aquela intensidade de luz, que adivinhava, apenas adivinhava, pelo calor que o aquecia e pelos flashes de luz que o cérebro recordava.

Deixava o pensamento voar por um mar de recordações, os olhos verdes da Cláudia, o sorriso doce da mãe, a trança enrolada, no alto da cabeça, da avó Carolina, o rosto pardo do pai consumido pela doença que o minava.

Tudo isso ficava visível naquele pedaço, do cérebro, onde guardava as lembranças.

Mas hoje era diferente, ou talvez não, apenas a sensibilidade, dos raios de Sol, lhe tinham avivado, um pouco mais, todo o emaranhado de recordações que bailavam no álbum da vida que já viveu.

O pai abalou, numa tarde fria de inverno, sem um ai, sem um lamento. Fechou os olhos e devolveu a alma ao criador.

A mãe, depois do pai partir, entrou numa depressão que a foi consumindo até que um dia a encontraram, no alpendre, sentada no cadeirão de buinho, ainda a levaram para o hospital, mas era tarde, tinha ido fazer companhia a quem a havia acompanhado ao longo de 40 anos.

A avó Carolina, estava tão velha, que precisou de recolher a um lar. Não aceitou muito bem, ninguém aceita, um lar não é, propriamente, a nossa casa.

Com o tempo foi aceitando, a lucidez é boa mas a memória, tantas vezes, atraiçoa o pensamento.

Todas as semanas a vai visitar, segura-lhe as mãos e sente a frágil seda que cobre um rendilhado de veias.
Ouve as lamúrias, mente, tem que mentir, não lhe pode contar que a filha partiu para um lugar donde não se volta.

Mas a avó Carolina, custa dizer, felizmente baralha um pouco, os momentos, e lamenta:

- Sabes Sérgio que a tua mãe já se esqueceu de mim? Nunca me vem visitar!

- Avó não diga isso! A mãe vem sempre não se lembra? Nem sempre pode, a saúde não deixa, por isso eu venho mais vezes.

A velhota deu uma pequena gargalhada. Ele ouviu:

- A tua avó é mesmo uma tonta! Esqueço muitas coisas, tens razão, ela vem mas não me lembro! 

Passou cuidadosamente, as mãos, na cabeça da avó, e sentiu a trança, estava sedosa e bem enrolada,  como ela gostava.

Deu um beijo de despedida, afagou-lhe o rosto e sentiu que algumas lágrimas escorriam nas rugas do rosto, Não devia mas perguntou:
- Porquê avó, porquê essas lágrimas?

Sentiu que ela limpou o rosto para responder:

- A tua avó está uma tonta, são lagrimas de alegria por te ter aqui!

*****
Os pensamentos, faziam um emaranhado, que o levavam a recordações que queria esquecer, mas era difícil porque os olhos verdes, da Cláudia, ainda tingem o pensamento, do Sérgio, e as ultimas palavras, quando se despediu, continuam a ecoar num espiral de sons, que começam fortes e se vão diluindo, como um eco, que se perde mas fica dentro de nós.

***********

Foi há dois anos que tudo começou, notava que os olhos não tinham a mesma acuidade, na leitura as letras apareciam em reflexos como se estivessem sobrepostas, havia uma distorção, das imagens, que não era habitual.

Não havia duvidas, os olhos estavam doentes, tinha que consultar o oftalmologista.

- Astigmatismo, disse o médico, precisa usar óculos!

Mas não, de repente, deixou de ver. Apenas pequenos raios de luz, sombras e, a espaços, alguns contornos indefinidos.

Não tardou e, estava cego, ficou no escuro. As cores, essas, só na sua imaginação.

Cláudia, que a princípio o acompanhou, um dia pediu desculpa:

- Perdoa, Sérgio, mas não pudemos continuar! Se nem me podes ver como me posso pôr bonita para ti? Tenho pena mas não dá!

Partiu e nem, sequer, um beijo de despedida.

*****

Foi uma longa luta, até que um especialista, depois de um exame biomicroscópico, fez o diagnóstico:

- O Sérgio tem uma doença, até certo ponto rara, e que muitos colegas confundem com astigmatismo ou miopia, mas não, sofre mesmo de Ceratocone, houve uma grande distorção, degeneração da córnea, e a doença está muito avançada.

Vamos fazer o tratamento mais adequado, inscreve-lo na lista de espera, pois só um transplante da córnea, pode resolver o problema.
Mas é novo e tudo se vai resolver, não vamos perder a esperança! 

****
Sérgio foi visitar a avó, faz hoje 96 anos.
Sentiu, nos seus dedos, o rosto magro e rendilhado e, no alto da cabeça a trança, mais fraca, o cabelo já não era o mesmo.

A avó estranhou, a forma, como ele a tateava e perguntou:        

- Estavas com saudades da avó Carolina?

Apenas respondeu:

- Também avó, mas estava a despedir-me desta sensação. Sabes avó, quando voltar já te vou poder ver, os dedos vão deixar de ser os meus olhos!

- Mas o que aconteceu? Perguntou a avó, um pouco assustada.

- Fui chamado, para um transplante, quando regressar já te posso ver, com os meus olhos. 

Com a ajuda de alguém, que foi, mas deixou a luz para eu continuar a ver.


Maio 2021

Manuel Penteado 


 

 


B25 - PANCHITO


O B-25 estava em produção antes da entrada dos EUA na guerra por meio do VJ-Day. Cerca de 9.815 B-25 foram construídos. Esta foi a maior produção de aviões de combate bimotores dos EUA na Segunda Guerra Mundial. Os B-25 foram usados ​​em todos os teatros de guerra do Alasca ao Norte da África, China, Europa e sudoeste do Pacífico. Eles foram pilotados pelas Forças Aéreas do Exército dos EUA e pelo Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, bem como pelas forças aéreas da Grã-Bretanha, Canadá, Austrália, Rússia, China, Brasil e Índias Orientais Netherland. No pós-guerra, os B-25 seguiram em frente em outras funções, bem como em combate com a Força Aérea dos EUA e as forças aéreas do Canadá, Indonésia e muitos países latino-americanos. O B-25 foi projetado como um bombardeiro médio para operar em altitudes entre 8.000 e 12.000 mil pés. Equipado com dois motores Wright R-2600 de 1700 HP, a configuração básica permaneceu a mesma durante a produção. No entanto, houve muitas mudanças no armamento para melhorar as capacidades ofensivas e defensivas. Essas variações incluíam canhões de 75 mm, foguetes e até dezoito metralhadoras calibre .50. As modificações no armamento variaram nos B-25, dependendo da missão do esquadrão. Alguns B-25 foram modificados para transportar torpedos; ambas as versões aéreas padrão e planas. As táticas usadas no Pacífico Sul e Sudoeste incluíam ataques de baixa altitude com metralhamento e salto de bombardeio contra navios e bombas para-frag contra alvos de aeródromo. A aeronave também foi usada para mapeamento fotográfico, um treinador avançado e transporte rápido. O 41º Grupo de Bombardeio foi a única unidade de bombardeiro médio B-25 na Sétima Força Aérea. O 41º operou no Central Pacific Theatre durante o período de dezembro de 1943 a outubro de 1944. O 41º voou mais de 240 missões na força de um único esquadrão, muitas vezes em baixas altitudes contra a navegação japonesa enquanto contornava muitas das ilhas. Em outubro de 1944, o 41º foi transferido para Wheeler Field, Havaí, para descanso, reequipamento, substituição da tripulação e retreinamento. Suas aeronaves foram transportadas pelo Hawaiian Air Depot, onde alguns dos B-25Ds e B-25Gs foram convertidos para o nariz "mais reto" de 8 canhões. Outras aeronaves foram substituídas pelos novos B-25Js. Foi aqui que o B-25J, número de série 43-28147, foi atribuído ao Capitão Don Seiler do 396º Esquadrão de Bombardeios. O capitão Seiler batizou seu novo avião de "Panchito" em homenagem ao galo mexicano do musical de animação de 1943 "Os Três Caballeros". 

Traduzido pelo Google translator

quinta-feira, 29 de abril de 2021

BAILANDO POR SEVILHANAS - 5


Sevilhanas é um tipo de musica popular, cantada e escrita em Sevilha (Andaluzia) na Espanha.

BAILANDO POR SEVILHANAS - 4


Historicamente as Sevilhanas são derivadas de música popular de Castela, apimentada com ritmos Árabes.

BAILANDO POR SEVILHANAS - 3


A sevilhana é uma dança de par. Normalmente o par é composto por homem e mulher, mas é igualmente comum ver-se duas mulheres a dançar.

BAILANDO POR SEVILHANAS - 2

A dança das Sevilhanas é feita em séries de quatro e cada uma é coreografada de forma diferente, levando o nome da sua posição cronológica: “primeira”, “segunda”, “terceira” e “quarta”.
 

BAILANDO POR SEVILHANAS - 1

A dança das Sevilhanas é constituída por passos base que se denominam de: “paseos”, as “pasadas”, os “remates” e os “careos”; no entanto podem ser criados e desenvolvidos passos e caracteristicas próprias de cada bailarino.

RUMBA


Rumba é a mais lenta das cinco danças de salão latino-americanas de competição (Paso Doble, Samba, Chá-chá-chá e Jive). Já foi uma dança de fertilidade e hoje continua a ser um jogo de sedução entre homem e mulher. Se a música é a expressão dos nossos sentimentos, a Rumba conta uma bela história de amor.

CHÁ-CHÁ-CHÁ


Chá-chá-chá é uma dança derivada do Mambo, tem origem cubana e é composta por três passos rápidos e dois mais lentos.

dança de salão Chá-chá-chá é energética e com uma batida constante. 

Chá-chá-chá latino é mais lento, mais sensual e pode envolver ritmos mais complexos. 


CAPOEIRA


A capoeira é uma dança porque todos os movimentos são realizados ao ritmo da música. A capoeira é praticada em rodas ou círculos nos quais os músicos e capoeiristas se encontram. Dois deles dançam ao centro enquanto os outros cantam, tocam música e aplaudem.

BULERIA


A Buleria é uma derivação do Flamenco, onde cada pessoa vai fazer alguns movimentos espontâneos, ritmados, enquanto os restantes elementos do grupo incentivam e batem palmas.


TREINO


 

SEVILHANAS


As sevilhanas tem imensos benefícios para as pessoas que a praticam, melhora consideravelmente a coordenação, a interação com outros bailarinos, melhora o controle muscular e a capacidade de socialização, aumenta o domínio musical e ajuda a aprender a ligar várias partes do corpo no mesmo movimento.

ABRE OS OLHOS E OUVE


Abre os olhos e ouve,
Como essa música frenética e sensual,
Cantada em tom sentido, sem igual,
Tem poesia, tem dor, tem paixão,
Como te cala, fundo, no coração.
Abre os olhos e vê,
Como os pares rodopiam, se requebram,
Em volteios e passos, que celebram
A alegria de sentir e de viver,
Mesmo quando se está a sofrer.
Abre os olhos meu Amigo,
Para esta música, para este som,
Deixa-te possuir por este dom,
De sentir, de amar a tua terra,
E tudo o que ela encerra.
Abre os olhos e crê,
Que esta dor pode ser bela,
Quando se fala de uma estrela,
Quando sentir é ser-se gente
Que ama e que sofre ardentemente.
Para ti,
Meu Irmão,
Meu Amigo,
Meu Companheiro,
Abre os olhos e sente!

2008-5-4
Diamantino A. Santos

MONUMENTO À LIBERDADE

Montijo - Portugal

Obra do Escultor Pedro Moreno Ramos que decorreu no passado domingo, 25 de abril, nas Colinas do Oriente, Montijo.

 

ENCONTRO DE GERAÇÕES


A professora mais antiga da Unidade Sénior do Montijo (Cláudia Soares dos Santos) com a aluna mais jovem da mesma Universidade (Maria Rosa Laorden Leita da Rocha, carinhosamente conhecida por Dona Rosy), a 11 de junho de 2014, por ocasião do lançamento do seu livro "A Heráldica e a Rosa". 

Fotografia de Diamantino Santos


 

HOJE É DIA DE FESTA




 

quarta-feira, 28 de abril de 2021

PAR DE JANELAS JUNTO AO TEJO


 

Belém - Lisboa - Portugal

1111

 Esta foi a publicação nº 1111 

Vamos a caminho das 2222



GARRA


 

UM NOVO VISUAL



 

DANÇA E REPRESENTAÇÃO


 Montijo - Portugal

DANÇA E REPRESENTAÇÃO


 Montijo - Portugal

DANÇA E REPRESENTAÇÃO


 Montijo - Portugal

A SALSA DA NOSTALGIA


Falar da SALSA requer, primeiro do que tudo, conhecê-la. Seria imprudente falar, apenas pelo que se pode ver, ouvir, ou sentir. Por isso, tive que aprender como apareceu, o ritmo, a composição básica das orquestras e sentir o que canta a alma dos poetas.
Antes de mais, deve-se dizer que SALSA é o termo castelhano para molho ou tempero. E este molho, composto de vários sabores tropicais, é um género musical recente, nascido no “Barrio Latino” de Nova Iorque, no final dos anos 60, da nostalgia de cubanos e porto-riquenhos emigrados para os Estados Unidos da América.
A SALSA, contém os temperos da Rumba e do Mambo, de Cuba, a Bomba e a Plena, de Porto Rico, com umas pitadinhas que lhe dão ainda mais paladar, do Merengue, da República Dominicana; do Calipso, de Trinidad e Tobago; do Cumbi, da Colômbia; do Reggae, da Jamaica e, ainda, outros sabores. E este molho assim conseguido, enriquece-se no ritmo forte e alegre ao som dos timbales, da conga, das maracas, dos bongôs, do trés (instrumento cubano de três cordas duplas), do piano, dos metais e outros. Por isso, é um género musical que congrega várias nacionalidades, unidas na mesma língua e no sentimento comum das saudades da pátria distante,
Mas se a dança é alegre e ligeira, já as poesias cantadas falam de dor, de pranto, da nostalgia da sua terra, das suas aldeias e cidades, do luar e do calor tropical. Retratam a memória das canções entoadas nos seus países e da distância que lhes sufoca a alma. Algumas das poesias dessas canções, são muito belas e a dança ritmada, sensual e, algumas vezes, erótica nos seus requebros e nas suas voltas, com passos bem definidos, empresta-lhe uma alegria contagiante e, ao mesmo tempo, dramática.
A palavra “mambo” é um termo nativo de Cuba que significa “Abre os olhos e ouve”. Por isso, se não souberes dançar a Salsa, senta-te simplesmente e abre os olhos para apreciares os dançarinos; mas ouve atentamente as palavras dessas canções que, assim, te tocarão bem fundo e te chegarão ao coração.
“MI TIERRA” é um tema com uma poesia muito bela e tocante, que fala dos sentimentos dos emigrantes, das raízes que estão na sua terra e no seu sangue, que os toca no fundo da alma e que suspira por eles. Por isso deve ser encarado assim: Abrindo os olhos e ouvindo…
2008-05-04
Diamantino A. Santos

REVITALIZAÇÃO


 Montijo - Portugal

ZORBA

Clicar na imagem abaixo  pra ver o vídeo de João Gameiro Lopes.
LIGAR O SOM


 Atenas - Grécia

terça-feira, 27 de abril de 2021

A GRAVIDEZ DA JOANA

Joana tinha acabado de fazer treze anos, era muito infantil e ainda gostava de brincar com o seu boneco “Nenuco”, mas tinha que o fazer às escondidas porque o seu irmão, Jorge de 18 anos, gozava com ela.

 Os pais eram, como ela dizia, porreiros mas andavam sempre a discutir.

 Hoje, entrou na cozinha e com o ar mais natural deste mundo gritou:

 - Pessoal acho que estou grávida!

 A mãe abriu a boca de espanto e ficou muda com um olhar esgazeado. O pai não se conteve e encontrou logo ali o bode expiatório, a mulher:

 - A culpa é toda tua, se a tens educado como se educa uma rapariga nada disto teria acontecido, mas não, vocês mulheres são todas a mesma coisa.

 A mulher olhou-o de través e, chispando, como um toiro enraivecido atirou:

 - Mas quem és tu para falar, inútil que nunca se importou nada com os filhos, que nunca os acompanhou. Carregas tudo para cima de mim. És um zero que sempre tens descartado os problemas e pões o cu de fora quando os há para resolver.

O filho mais velho olhava os “coroas” sem perceber aonde queria chegar com esta discussão. Se a Joana estava grávida havia que saber quem era o gajo e dar-lhe um enxerto de porrada e o assunto ficava resolvido. Mas não, os cotas discutiam sem saber resolver um assunto tão simples.

A Joana, coitada, estava meia confundida com o impacto que a sua exclamação tinha provocado. Mas afinal o que é que ela tinha feito assim de tão mal?

- Oh mãe porque é toda essa zaragata?

 A mãe olhou-a, quase irada, e com um embargo na voz soltou:

 - Joana não sabes o que dizes se calhar nem te apercebes que podes ter estragado a tua e até a nossa vida!

 A rapariga olhava a mãe, o pai e o irmão sem perceber onde estava o drama. O que tinha acontecido de tão grave para todos a olharem desta forma tão colérica. Desatou a chorar num pranto tão sentido que a mãe não resistiu e correu a abraçar a filha.

 - Querida, grávida na tua idade! Isso nunca nos passou pela cabeça. Mas afinal quem é o culpado dessa desgraça?

 Joana olhou a mãe cada vez muito confusa.

- Culpado? Acho que foi o feijão!

 O pai esbugalhou os olhos.

 O irmão esfregou a cabeça num gesto de quem não está a perceber nada do que se está a passar e gritou;

- Quem é esse feijão que eu parto-o todo.

O pai mais comedido:

- Vamos resolver isto de uma forma civilizada.

 A mãe, olhos brilhando de lágrimas:

 - Querida quem é esse feijão?

Joana com os soluços a embargarem a voz exclamou.

- Mãe... foi o teu feijão. Comi o feijão guisado que deixaste para o almoço e, não sei porque, comecei a ficar com a barriga inchada. Doía e fui ver à Internet o que fazer para me tratar. Procurei e dizia lá que barriga inchada podia ser sinal de gravidez.

Desatou num choro convulsivo, soluços que metiam dó:

- Pensei que o feijão me tinha deixado grávida. Eu não sabia que isso era mau.

Desculpem!

Abril 2021

Manuel Penteado